quinta-feira, 10 de março de 2022

E o canto do galinho garnisé calou-se…

            Faz cerca de uma semana que não escuto mais o canto do galinho garnisé do vizinho. Aquele canto que me despertava todas as madrugadas e me acompanhava pelo dia inteiro até o final da tarde parou, sumiu, não escutei mais.

            Desde o momento que percebi sua ausência fiquei intrigado. O que teria acontecido com o galinho garnisé do vizinho? A última vez que escutei ele cantando foi em uma tarde qualquer, cerca de oito dias atrás. Pelo início da madrugada deste dia fui acordado por umas falas altas. Era uma discussão entre vizinhos… Por alguns minutos tentei acompanhar de minha rede. Resolvi não olhar na janela, vai que uma bala “perdida” me acha... Eram vozes altas e zangadas. De repente um barulho de objetos caindo ao chão... Mas me contive e acompanhei a desavença deitado. Sabia, porém, que era bem próximo, certamente em uma pequena vila ao lado do prédio onde moro. Outras ocasiões e horários já tinha presenciado fato semelhante. De repente fez-se o silêncio. Peguei no sono novamente. Acho que era por volta das três ou quatro horas da madrugada. E segui dormindo.

            Na hora costumaz do canto do galinho garnisé começar, contudo, desta vez não o escutei. Fui despertado por outros sons e barulhos rotineiros como os freios desregulados dos ônibus urbanos que começavam a rodar ou por motoqueiros com seus silenciosos abertos finalizando suas farras. Alguns cantos de sabiás coleiras que habitam próximo, se contrapunham, felizmente... Mas o canto do galinho garnisé, nada! Pelo início da manhã, finalmente levantei-me, fui até a janela, e com mais apuro fiz um verdadeiro escaneamento auditivo e visual da área toda próxima. No chão da dita vila vi algumas cadeiras e uma mesa reviradas. Nada, nem um sinal do canto do galinho garnisé ou quem sabe de seu cadáver, ou penas espalhadas ao léu... Mais tarde, me veio novamente a lembrança do canto do galinho garnisé. Sua ausência começou me intrigar. Como, de repente, uma ave que tem em seu canto a rotina de sua vida, um verdadeiro e preciso relógio suiço, parou, silenciou, emudeceu? O que teria acontecido? – comecei a conjecturar. Teria ficado doente? Teria batido suas asas e voado? – mas me lembrei que galináceos não voam… Algum gato esfomeado em sua farra noturna o teria devorado? Ou teria ele sido alvo central, o pivô da discussão daquela madrugada imediatamente anterior? O que teria, enfim, acontecido com o galinho garnisé e seu canto? Imitando um exímio policial, respondi pra mim mesmo:– Todas as hipóteses são possíveis!

            O tempo foi passando e o canto do galinho garnisé nunca mais apareceu! Agora, já conformado e sem nenhuma resposta evidenciada que explicasse o triste fato, entrego os pontos. Meu isolamento social espontâneo daquela famigerada pandemia, porém, continua. Resta-me a lição da vida: Tudo passa! Certamente o canto do galinho garnisé, talvez o produto mais importante desta avezinha, passou. Ou morto pelo felino doméstico, ou enforcado pela ira do vizinho algoz, ou falecido por um mal súbito galináceo, enfim, ele morreu!

            Fica a esperança de que um outro galinho garnisé, ou quem sabe de um galo pedrês, assuma o papel de despertador da inexorável rotina da vida.

            Assim passará também a pandemia!

Publicado em 18 de novembro de 2021 em https://www.webartigos.com/artigos/e-o-canto-do-galinho-garnise-calou-se/168809

Rotinas familiares

            Duraram toda a minha infância e adolescência, lá pelos idos de 1960 – 1970. Anuais, semestrais, mensais e semanais. Eram como acordar, tomar banho, e escovar os dentes. Aconteciam tais quais, as chuvas das duas horas em Belém.

            Ao iniciar um novo ano, meu pai levava eu e meu irmão para tirar uma foto 3 x 4, às vezes no lambe-lambe da calçada da então Alfândega, na av. Castilhos França, Comércio, Belém, Pará ou num foto, o Foto Menezes, situado em frente a Praça da República, onde mais tarde seria construída a sede do Banco da Amazônia, BASA. Lá íamos nós – eu e meu irmão – banhados, roupas e sapatos novos e cabelos cortados – cortar cabelos era também uma outra rotina, esta mensal – para tirar as fotografias.

            Também no início de cada ano tomávamos o famoso purgante. Óleo de Rícino. Era o método para prevenir e combater as ocorrências dos vermes ou lombrigas. Nesses dias as brincadeiras eram quase todas interrompidas e um pinico guardava nossas camas para as eventuais ocorrências…

            Antes de começar nossas aulas regulares, também todos os inícios de anos e no início do segundo semestre, íamos ao consultório odontológico do papai para fazer a manutenção de nossos dentes. Era um tormento pra mim, mas ia. Lembro que certa vez ele não aguentou o meu nervosismo na hora da aplicação da anestesia e pediu socorro para o colega do consultório que concluiu o procedimento.

            Os cortes de cabelos eram mensais. Não tínhamos escolha nem opção. O corte era quase raso. Permanecia apenas uma meia lua de cabelos peteados na testa e no couro cabeludo. Recentemente se apelidou este corte de “Cascão” depois que um famoso jogador de futebol brasileiro apareceu com ele. Só na adolescência tivemos a liberdade de escolher, quando passamos a frequentar o Seu Arthur, um barbeiro muito legal que morava perto de casa, na trav. Monte Alegre. Ficamos amigos. Conversávamos bastante durante os cortes. Os temas tratados era sobre ET’S e fenômenos de OVNI, que eram meus temas preferidos. Chegamos a trocar livros sobre o assunto.

            Uma outra rotina anual, esta compulsória, era fazer a coleta de sangue para os testes de malária e febre amarela. A visita do famoso fura-dedo movimentava todo o quarteirão da rua onde morávamos. Ao avistarmos a bandeirinha colocada na frente da casa, às vezes acompanhada por uma lamparina acessa, quase um quarteirão antes, ao final da tarde, era o sinal que ia ter fura dedo! Não tinha para onde correr! E nada de pirulito pra aliviar o tormento ou brindar o feito!

            Uma rotina semanal que ansiava já no meio dela, eram os passeios dominicais ao Bosque Rodrigues Alves e ao Museu Goeldi. Ver as onças, os jacarés, os macacos, as araras e papagaios, os peixes-bois, as tartarugas e tracajás, as ariranhas, os peixes poraquês, enfim, toda uma fauna nos enchia os olhos e a curiosidade. Além, dos passeios de charretes e de barquinhos, que pareciam nunca terminar, em um espaço quase infinito imaginado dentro de nossas cabeças. Escalar o castelo sombrio até o seu teto e de lá avistar as imensas árvores da floresta ao redor era uma aventura desafiadora. Sem esquecer das fotografias pousadas tiradas montados nos cavalinhos de pau, ou postados em pé aos seus lados, posicionados logo na entrada e no início do passeio dominical. Quantas lições aprendi aí.

            Uma rotina semanal religiosa era assistir a missa das 07 horas do domingo na paróquia Nossa Senhora da Conceição, localizada alguns quarteirões de casa, na Rua Cesário Alvim. Quase todos os domingos formavam-se verdadeiras procissões de vizinhos, que começava a dois ou três quarteirões de casa. A gente aguardava a passagem de algum colega na frente de casa e nos juntava ao cortejo. O sino da igreja despertava a gente mais cedo e rapidamente nos aprontávamos.

            Algumas vezes íamos passear nas Praças da República e Batista Campos quando as bandas do Corpo de Bombeiros e outras tocavam marchas e muitas músicas nos coretos. Nos deleitávamos à sombra das generosas árvores ao redor.

            Uma outra rotina, esta anual, muito esperada por nós, era uma visita ao Arraial de Nazaré, durante o Círio de Nossa Senhora de Nazaré, quase sempre acompanhados pelos nossos saudosos avós Clarice e Carlos que não perdiam um ano sequer, dele participar. Era uma festa! Andar no Carrossel de Cavalinhos; brincar nas “pescarias” ou eventualmente assistir os teatros de assombrações instalados no Largo de Nazaré eram algumas ações que fazíamos com muito gosto e alegria. Ganhar os brinquedos de rodinhas téc-téc, as cobrinhas de meriti ou os estranhos balões a gás que ficavam sempre no alto, eram os maiores desejos nossos. Só não saboreávamos os “algodões” coloridos, pois, por recomendação de meu pai eram “só açúcar”! E eram mesmo!

            Eram estas algumas rotinas que hoje recordo, de um tempo em que Belém calma, tranquila, sossegada. A chamada sociedade de consumo estava apenas dando seus primeiros passos entre nós…

Publicado em https://www.webartigos.com/artigos/rotinas-familiares/168724, 26 de outubro de 2021

Meus animais de estimação preferidos

            Tive vários. Desde cachorros e gatos até jabutis, tartarugas, tracajás e peixes ornamentais, sem falar de periquitos, papagaios, curiós e o derradeiro deles, um galo pedrês.

            O primeiro que eu me lembro, era na verdade mais de meu pai, eu só tinha uns sete, oito anos de idade. O Veludo, um cachorro, digamos, vira-lata, sem pedigree ou raça definida, simplesmente um cachorro. Pelo nome a ele atribuído – Veludo – pode-se concluir que a sua pelagem era um preto macio e liso de cauda espessa e também preta. Morávamos nessas ocasião na Vila Judith, na trav. Arciprestes Manoel Deodoro, Belém, Pará. A bem da verdade, como disse no início, ele era meu pai que o tratava com todo o cuidado, porém, o considerava um animal mais de guarda do que companhia. Tinha a sua casa, que meu pai mesmo construiu e localizava-se no pequeno quintal de onde ele não saia, ou seja, não entrava nos aposentos. Um pequeno portão na saída da cozinha feito exatamente para isso o impedia. Ele que cuidava dando-lhes alimento, água e o asseando de vez em quando. O Veludo foi famoso. Certa vez, um gatuno tentou entrar no quintal escalando o muro. Para atrair e distrair o Veludo, jogou-lhes uma comida ao chão. Porém, o animal não comeu a isca jogada, pois estava acostumado à só comer em um lata – aquelas de goiabada peixe – e continuou a latir copiosamente, o que fez meu pai acordar e afugentar o ladrão de galinhas que se mandou rapidamente. Quando em 1958, fomos morar no Rio de Janeiro, visto que meu pai, militar que era, fora transferido, o Veludo ficou sob a guarda de um tio, o Tio Prado. Pra encurtar a história, ao retornarmos para Belém, alguns anos depois, o Tio Prado mostra pra família, um recorte de jornal da época em que aparecia a foto do Veludo e suas qualidades caninas enaltecidas. Já alguns anos adiante, quando passamos a morar em casa própria, na rua Veiga Cabral, papai mandou fazer uma portinhola de tamanho adequado para o Veludo passar. Isso só acontecia no final do dia ou quando a casa ficava sem ninguém. O animal era solto e assim atravessava do quintal até a garagem e a frente de casa, cumprindo toda a sua área de ronda. Quando o Veludo se foi, guardei comigo a sua última corrente de metal, que em 1965, durante uma viagem-aventura da família pela estrada Belém-Brasília em direção ao sul do Brasil, resolveu um pequeno acidente no automóvel DKW Vemag em que íamos. O silencioso do veículo bateu na lama endurecida entre as valas formadas pelas rodas dos veículos maiores, especialmente caminhões de carga, que dominava o trecho ainda não asfaltado. Um ruído quase ensurdecedor passou a perturbar a todos. Depois de várias paradas para amarrar o dito acessório com uma corda que se partia logo em seguida, lembrei da dita corrente que tinha embarcado no porta malas – acho que foi a partir daí que a boa máxima cultivada por mim até hoje – Isto vai servir para alguma coisa! – me acompanha. Foi a solução até a chegada em Anápolis, Goiás, a primeira cidade que tinha recursos disponíveis para um conserto profissional do carro. Foi o que foi feito.

            Os jabutis, tartarugas e tracajás eram todos filhotes, certamente nem um ano de idade tinham. Eram enviados pela minha saudosa vovó Clarice, de Maués, Amazonas como presentes aos netos, quando de lá minha também saudosa mãe chegava. Vinham dentro de bolsas à tira colo sem maiores problemas. Para criar os tracajás e tartarugas os mesmos ficavam dentro de recipientes de vidro de boca larga, postos sobre mesas ou em algum móvel da sala. Os jabutis, porém, viviam soltos no pequeno quintal. Sua alimentação era baseada em vegetais como folhas de couve e alface, migalhas de pão e alguns pequenos pedaços de sobras de carne e peixes. Os jabutis além disso tudo comiam frutas. O grande desafio desses estimados animais de criação era acompanhar seus desenvolvimento, seus crescimentos. Entrava e saia ano e os seus tamanhos quase não mudavam na percepção de meus atentos olhos. Enfim, descobri aí a longevidade dos quelônios!

            Os peixes de aquário, que só mais tarde soube que eram chamados de ornamentais, foram no princípio, capturados por mim nas valas de frente e perto de casa, na rua Veiga Cabral e arredores, Belém, Pará. Os criava em vidros de boca larga, aqueles de embalagens de produtos alimentícios da época, que seriam jogados no lixo e que eu antes disso às resgatava cuidadosamente. Mais adiante, ganhei um pequeno aquário de vidro de meu pai, ao ver a minha dedicação aos peixinhos. Certo ano, no Arraial de Nazaré, durante o Círio, ganhei um peixe Véu de Noiva em uma brincadeira de pescaria. Fiquei radiante e passei a cuidar com mais afinco desses meus animais de estimação. Lembro que um deles, coletado nas valas, tinha a barriga grandona e outros com a cauda bastante coloridas. Descobri assim os sexos dos peixes e mais adiante alguns processos reprodutivos deles. O barrigudo na verdade era uma fêmea. Alguns dias depois de estarem na nova moradia, presenciei um fato extraordinário: o nascimento de filhotes saídos da barriga da barriguda! Sim, aquela espécie era ovovípara e o apelido da espécie guppy. Na última reforma de nosssa casa, papai dedicou um pequeno espaço entre a frente da casa e o muro frontal, para a construção de um pequeno lago revestido de azulejos e com água abundante e drenagem. Aí viveram os peixes e os quelônios com mais espaço e ambiente adequados que durou até a minha juventude e ingresso na faculdade de agronomia em 1970. Só quando estava fazendo o curso de agronomia é que fui saber que a cidade de Belém, assim como toda a grande bacia banhada pelo Rio Amazonas, era sedimentar e suas terras eram ocupadas por várzeas, igarapés e igapós e alguma floresta de terra firme. As chamadas valas nas ruas recém abertas eram na verdade, testemunhos de antigos igarapés e igapós que eram abundantes na capital. Explica-se assim a presença de peixes nelas. E Belém com seus lindos e inúmeros igarapés, tempos depois, passou a chamá-los pejorativamente de canais, onde os esgotos e as águas pluviais são lançadas! – Não quero ver vocês tomando banho no igarapé da Almirante Tamandaré! – Falava rigorosamente minha mãe para mim e meu irmão, antes de alguma saída. Este é um dos exemplos que os igarapés de Belém eram fontes de muitas brincadeiras e diversões naqueles tempos, meado da década de 1960!

            Gatos, tive alguns também. Não, não chegaram à comer os peixes, não! Um deles, já adulto, começou a fazer suas necessidades fora dos locais apropriados e a ele ensinados. Tinha vida livre. Á noite iam passear pela rua, subir nos muros e telhados próximos, enfim, viver felinamente… Meu pai, que não tolerava ver sujeita – era dentista – pegou corda com o comportamento inadequado e sujo do bichano e resolveu exportá-lo. Ensacou o mesmo, colocou no pota malas de seu Vemag e o soltou alguns quilômetros adiante, bem em frente ao Hospital Geral do Exército,HGB, na Praça Brasil. Para espanto e surpresa de todos, o felino no dia seguinte apareceu de volta em casa! Acho que ele, o felino, em suas saídas noturnas, conheceu Belém quase toda! Meu pai não desistiu. Em outra ocasião o levou muito mais pra longe, em ambientes nunca antes visitados, lá pra banda de Marituba! Daí, não voltou mais! Fui ter um outro bichano, algumas décadas mais tarde, quando morei só por um curto intervalo de tempo. Resgatei um filhote na rua e passei a criá-lo. Alguns meses depois, me arrependi do meu ato generoso ao ser importunado com as unhadas que o bichano fazia em minha rede, quando nela fazia a minha sesta habitual ou curtia uma ressaca. Ofertei o bichano à um vizinho e me livrei do bicho, optei pelo sossego.

            Com toda a certeza os meus animais de estimação preferidos são papagaios e periquitos. Pela inteligência dos mesmos em se comunicar, aprendendo palavas e até frases me cativam muito. Quando morei em Manaus por alguns anos, tive vários. A “Rosa”, o “Louro” viviam quase lívres em poleiros de gaiolas instaladas na parte de fora da casa, na direção do pequeno quintal sombreado. Eram carinhosos e até catavam piolhos em mnha cabeça… Não vou dizer as palavras que eles aprenderam pois algumas são palavrões, mas falavam também “dá o pé, louro”, dentre outras quando queriam passear comigo. Tive que dá-los quando retornei para Belém. O Instituto Brasileiro de Desenvolvimento Florestal, IBDF, hoje Instituto Brasileiro de Meio Ambiente, IBAMA, começou a fiscalizar os passageiros na hora do embarque no aeroporto de Manaus e não tive como contrabandeá-los entre os meus pertences. Em Belém, ainda tentei ter um, mas desisti ao saber os custos das licenças ambientais e mais do que isso, avaliei que poderia importunar meus vizinhos do prédio, desacostumados aos sons canoros dos psittaciformes (papagaios, araras e periquitos).

            Neste mesmo período, por volta de 1990 – 1993, tive o mais inusitado dos animais de estimação: Um franguinho pedrês, presente de um amigo praiano, o Leds, barraqueiro da praia de Ajuruteua, Bragança, Pará. Sem pestanejar, aceitei o desafio de criar o galinho no meu apartamento e instalei o “Nixon Tung” – apelido que dei pro mesmo – em uma gaiola posicionada na pequena sacada. Para aliviar o inconveniente dos excrementos galináceos, dáva-lhes periodicamente comprimidos de creolina, um remédio aprendido em minha andanças pelo interior. Além disso, ele participava brilhantemente de minhas festinhas mandalas que eu promovia no apê vestindo-o com fraldas descartáveis, o que lhes dava liberdade para andar por todo o ambiente festivo!

            Enfim, nos dias atuais, já quieto, crio uns peixinhos em um aquário que instalei junto ao Meu Nano Viveiro na sacada do apê onde moro em Belém, Pará. Esses foram e são os meus animais de estimação preferidos!

Publicado em https://www.webartigos.com/artigos/meus-animais-de-estimacao-preferidos/16869320 de outubro de 2021


sábado, 4 de dezembro de 2021

Ficha de Interpretação de Texto do Livro "O Protocolo de Quioto e as cores"

 



Protocolo de Quioto e as cores. Interpretação de texto.

Autor: Carlos José Esteves Gondim

Editora: do Autor

Data: 23 de novembro de 2021

Local: Columbia, SC, USA.

Clique sobre o link abaixo para abrir a Ficha Digital desta interpretação de texto:

O Protocolo de Quioto e as cores. Interpretação de texto.

Orientações:

Para uma correta compreensão e interpretação do texto, siga os seguintes passos:

1) Leia lentamente o texto todo....2) Releia o texto quantas vezes forem necessárias....3) Anote as ideias mais importantes....4) Separe fatos de opiniões....5) Retorne ao texto sempre que necessário....6) Reescreva o conteúdo lido fazendo um resumo. Lembre-se que resumir não é copiar partes, mas sim indicar com as suas próprias palavras, as ideias básicas do texto.

Feito isto, responda:

1. A que planeta o autor se refere quando diz “Era uma vez um planeta azul”?

R:______________________________________________________


2. O que representam as bolas: uma branca; duas verdes; uma marrom; uma vermelha; uma amarela e uma violeta que estão dentro de uma bola maior de cor azul?

R:______________________________________________________


3. Quais as cores que representam a fuligem, a fumaça e o concreto?

R:______________________________________________________


4. O que provocou a cor branca das nuvens ficar cinza?

R:______________________________________________________


5. Quais eram as cores dos lugares que soltavam gases?

R:______________________________________________________


6. Quais são as três invenções que soltam mais gases?

R:______________________________________________________


7. Além dessas três, qual é uma edificação industrial que também solta gases? Por onde?

R:______________________________________________________


8. Qual será um dos maiores efeitos sobre este planeta se as cores marrom, preta e cinza continuarem a crescer?

R:______________________________________________________


9. Em que ano, 141 países se reuniram pela primeira vez para discutirem algumas ações para reduzir as cores marrom, preta e cinza? Em que cidade? Em que país?

R:______________________________________________________


10. Qual o principal objetivo desse encontro?

R:______________________________________________________


11. Quantos países se reuniram em 2009?

R:______________________________________________________


12. Qual o país que até 2021 não assinou o Protocolo de Quioto?

R:______________________________________________________


13. Além desse, quantos países ainda deixaram de assinar?

R:______________________________________________________


14. Qual o prazo dado pelo Protocolo de Quioto em 1997, para que cada país diminuísse as quantidades das cores marrom, preta e cinza lançadas no ar?

R:______________________________________________________


15. A partir de que ano o Protocolo de Quioto passou a valer de verdade?

R:______________________________________________________


16. Qual o país que tem o maior pedaço de verde do planeta?

R:______________________________________________________


17. O que a mudança climática poderá causar na cidade de Belém, Pará, Brasil?

R:______________________________________________________

18. Escreva aqui a sua opinião sobre o Protocolo de Quioto e o que achou sobre o lívro:

_______________________________________________________

_______________________________________________________

_______________________________________________________

_______________________________________________________

_______________________________________________________

_______________________________________________________

_______________________________________________________

_______________________________________________________

_______________________________________________________

19. Desenhe aqui o que você quiser sobre o tema do livro:






































segunda-feira, 27 de setembro de 2021

O colecionador

 

                Quando eu tinha uns 12 anos colecionava quase de tudo. Desde moedas antigas a selos de cartas, dentre outras. Pequenas pedras que encontrava pelas ruas e praças. Embalagens de cigarros como se dinheiro fossem. Fichas de refrigerantes para trocar por figuras de personagens de Walt Disney. Figurinhas de papel de personagens de filmes famosos ou de times de futebol, especialmente da seleção brasileira, colecionadas em álbuns dedicados para este fim. Enfim, um mundo cheio de coleções ou quase isso.

                Talvez a de selo tenha sido a primeira delas. Os envelopes das cartas que minha mãe recebia pelos Correios, depois de lê-las, eu pedia pra recortar os selos. Tratava-os com água em um pequeno pires; horas depois, com cuidado, removia os selos do papel e os colava em uma folha de caderno de desenho, comprado para este objetivo.

                As das moedas comecei com um presente que ganhei de meu pai. Uma latinha com algumas delas. Fiquei curioso e comecei a pesquisá-las. Mil réis, cents e outras que não lembro a procedência. Só sei que a maioria eram brasileiras e portuguesas. Lembro que recolhi diversas delas entre os entulhos em que certa vez a rua de casa, a Rua Veiga Cabral, foi aterrada. Fui saber tempos depois, que a origem desses entulhos eram as construções históricas do bairro da Cidade Velha que estavam sendo demolidas… Entre as brasileiras, uma grande me chamou a atenção. Era de prata. Tempos depois, já jovem, resolvi transformá-la em medalha de pescoço com cordão e tudo. Acho que era moda na Jovem Guarda.

                As pedras foram resultados de alguns passeios pela Praça da República, antigo Largo da Pólvora, em Belém, Pará. Percebi que as calçadas de alguns dos caminhos por onde a gente passava eram revestidos de uma pedrinha esbranquiçada e arredondada. Algumas delas, soltas, as raptei e levei pra casa. Outras recolhi no chão da rua e outras por onde eu passava… Acho que foi nessa época que eu pensei pela primeira vez qual a profissão seguir e lembrei de geólogo!

                As fichas de refrigerante, na verdade, era por causa do prêmio que receberia ao juntar uma certa quantidade delas. GuaraSuco, Coca-Cola, Grapette, Pepsi-Cola eram as marcas que mais faziam essas promoções. Depois de alcançar o número mínimo para troca, esperava ansioso a passagem do caminhão pela rua para fazer as trocas! Os prêmios variavam desde copos a miniaturas de personagens de desenhos do Walt Disney.

                A coleção de embalagens de cigarros, na verdade, eram transformadas em “dinheiro”. Catava as embalagens pelo chão por onde estivesse caminhando e em casa fazia o devido tratamento. Removia o invólucro da folha de alumínio que revestia os cigarros.
E a folha impressa da marca desamassava com cuidado e as dobrava como as cédulas de dinheiro verdadeiro. O invólucro com uma folha de alumínio era transformado em bola. Deixava descansar em uma vasilha com água e depois, com cuidado, removia o papel celulose que se soltava e deixava a lâmina de alumínio fino inteira. Ao fim, amassava carinhosamente essa com a mão para formar uma bola que ia crescendo à medida que novas folhas de alumínio eram conseguidas. No grupo de colegas era disputado o campeonato de quem tinha a maior bola de alumínio!

                Uma coleção especial era a de letras e palavras impressas em diversas formas – hoje chamadas de fontes – e tamanhos. Ao folhear uma revista já lida pelos meus pais, como a Manchete, O Cruzeiro, Capricho, Contigo e outras que me chegavam às mãos, eu selecionava aquelas que mais gostava, recortava com cuidado e colava em um caderno de desenho também adquirido exclusivamente para este fim. Devo dizer que me ajudavam bastante na hora de fazer algum trabalho escolar que exigisse confecção de cartaz.

                Prestes a entrar no Científico – o ensino médio de hoje – as formas das folhas das plantas me chamaram a atenção. Por onde andasse que tivessem plantas, desde jardins até bosques eu coletavas as que estavam no chão. Guardava com cuidado e em casa as colocava entre folhas de livros de tamanho apropriado. Deixava secando por algum tempo e depois ia vê-las. Me impressionavam as formas e as suas intricadas “veias”. Certamente me encorajaram a seguir a carreira de agrônomo que tinha na botânica uma das matérias básicas e dentro dela a taxonomia e a sistemática. Foi aqui que aprendi a fazer as exsicatas!

                Por volta dos dezoito anos, já cursando o Científico, meus interesses voltaram-se para as bancas de jornais e revistas de rua, uma modalidade de comércio que estava aflorando em Belém. Passei a ser freguês diário de uma que se instalara na calçada da av. Nazaré, próxima da Basílica de Nazaré, em Belém, Pará. Diariamente, ou nos intervalos das aulas ou ao fim das mesmas, lá ia eu e um colega visitar a banca de revistas. Passava minutos e mais minutos folheando as publicações expostas, sempre com o olhar atento e cuidadoso do dono da banca, que nos acompanhava e às vezes dava sugestões de novas publicações.

                Foi nesse período que passei a ser um leitor inveterado do jornal O Pasquim, Opinião, dentre outros, que passei a guardar cuidadosamente os exemplares comprados e lidos. Em dois dias da semana eu comprava as edições do jornal O Globo. Por acaso descobri uma coluna chamada “Qual é o Tom”, que publicava a letra de uma música popular brasileira, acompanhada com as cifras para tocá-la ao violão, instrumento musical que eu estava aprendendo na época. Cuidadosamente eu recortava a coluna e a colava em uma folha de caderno de desenho. Cheguei a ter três volumes dessa coleção. Era o tempo dos festivais de música, da Bossa Nova e da Jovem Guarda!

                Nesse mesmo período, a Editora Abril, precursora em todo o Brasil das coleções fasciculadas, tinha acabado de lançar a primeira enciclopédia ilustrada fasciculada: a Conhecer. Semanalmente eram lançados novos fascículos e ao fim de um certo tempo, sua capa e elementos desta para encadernar. Penso que foi nesta época que comecei a dar importância para o bom trato com os livros. Cuidados ao guardá-los e disciplina para mantê-los organizá-los.

                A grana era pouca mas dava pra comprar alguns deles. Foi assim que colecionei a segunda edição da enciclopédia Conhecer e passei a colecionar diversas novas publicações lançadas então. Edições da História de Nossa Música Popular Brasileira (acompanhava um disco vinil); Grandes Compositores da Música Clássica (idem); Jorge Amado; Os Pensadores; Os Grandes Cientistas; Ciência Ilustrada; Como Funciona; e muitos outros. Comprava regularmente, além do Pasquim e Opinião, as revistas National Geographic, O Planeta e outras logo que eram lançadas. Mais tarde, já com o serviço de assinaturas a nível nacional, passei a ser assinante de algumas delas como a National Geographic, que tinha maravilhosas fotografias coloridas, e O Planeta, que tratava de um tema para mim profundamente interessante, os ETs e os fenômenos extraordinários.

                Estas coleções, todas devidamente encapadas, encadernadas, etc., me acompanharam por muito tempo em minha vida. Nas mudanças temporárias de endereços e cidades, elas me seguiam guardadas em caixotes e comigo viajavam. Uma das situações mais marcantes que guardo foi durante o meu vestibular para Agronomia em 1970. Ia para o sofá da sala solitária e calma da casa de meus pais, e ouvia as músicas clássicas na eletrola de casa. Era uma forma que encontrara para relaxar do estresse diário das terríveis provas que estava enfrentando.

                E finalmente, lembro que foi através do uso de um pequeno microscópio montado a partir das peças que acompanhavam um kit da coleção Os Grandes Cientistas, que descobri maravilhado a reprodução das células da cebola, agora já calouro de Agronomia!!! Já dentro da faculdade, quando comecei a estagiar e ganhar alguma grana, fiz assinaturas das revistas Globo Rural e Guia Rural, que tratavam especificamente dos temas agropecuários, alvo de meu curso profissional. Estas me acompanharam por muito tempo e me ajudaram quando fui sitiante na hora de fazer as castrações dos leitões, aula que faltei na faculdade…

Para saber mais, clique sobre as palavras que aparecem sublinhadas em vermelho quando passar o mouse sobre elas.

Publicado em 27 de setembro de 2021 em WEBARTIGOS

domingo, 26 de setembro de 2021

O pé de goiabeira

 

                Ao lado do prédio onde moro tem um pé de goiabeira. Algumas semanas atrás ele estava cheio de frutos. A sua copa ultrapassava a altura do muro que separa a casa do vizinho do prédio. Alguns dos seus galhos chegam a debruçarem-se generosamente para o lado do prédio, onde fica uma rampa que dá acesso à garagem superior. De fácil alcance, portanto, sem precisar escada. Esse é o meu trajeto rotineiro quando preciso ir à garagem. Numa dessas vezes, olhando este cenário, veio um pensamento que remeteu imediatamente à minha infância: 

                Será que esses frutos ficariam dando sopa no pé por muito tempo se hoje eu ainda fosse criança? Perguntei intrigado pra mim mesmo. Simultaneamente dei a minha resposta sem pestanejar: Não! Claro que não! Já teríamos dado eu e outros garotos um jeito de colhê-los. Fácil, fácil!!! Completei.

                Em minha infância, passada a grande maioria dela no bairro da Cidade Velha, Belém, Pará, pouquíssimos veículos nas ruas que nem asfaltadas eram, eu brincava na rua, isto é, quando conseguia escapulir dos olhos atentos de minha mãe costureira que me vigiava de seu quarto de costura no fundo de casa. Eu matreiramente, esperava a ocasião de uma freguesa chegar e quando o caminho estava livre corria, abria silenciosamente o portão e ia brincar na rua.

                Bem perto de casa, dobrando a esquina da trav. Ângelo Custódio, à direita, existia um terreno baldio e no limite dele um quintal com uma rústica cerca feita com estacas de acapu. A gente apelidou o lugar de Rancho Fundo. Era o meu local preferido para brincar. E o meu brinquedo predileto era baladeira, sim, baladeira ou estilingue… Dentro deste terreno, havia um pé de mangueira bastante alto que era periodicamente visitado por periquitos e outros pássaros quando começava a safra do delicioso fruto. Porém, sua copa não alcançava o limite do quintal. Rotineiramente, após minha chegada do colégio ao final da manhã, trocava apressadamente a roupa e me mandava para lá, sempre é claro, às escondidas de minha mãe. Quando via as mangas maduras já caídas no chão ou quando acertava uma certeira balada em uma delas por mim escolhida, dava um jeito de abrir espaço entre as estacas da cerca pra que meu magro corpo passasse por ela e assim adentrava com o maior cuidado e atenção a fim de resgatar o fruto desejado. O tempo que permanecia dentro do quintal era o mínimo possível, visto que na casa localizada alguns metros adiante, era habitada e, é claro, ralharia energicamente a gente pela invasão… É claro que antes de fazer tudo isso, investigava se tinha cachorro no quintal. Para a nossa alegria, a casa não tinha nenhum cachorro, só algumas galinhas e patos

                Agora, algumas dezenas de anos depois, na mesma cidade transformada pelo progresso e aumento populacional, a situação é outra.

                Retorno aos tempos presentes e continuo a minha reflexão. Da rampa próxima do muro e dos ramos frutíferos da goiabeira, vejo um grupo de garotos sentados no chão, compenetrados quase todos com seus celulares smartfones nas mãos. Quase não levantam suas cabeças para ver ao redor, parecem hipnotizados pela tela do aparelho digital. Bem perto deles a generosa goiabeira oferecia seus frutos maduros.

                Os dias se passaram e os deliciosos frutos maduros, com ou sem os bichinhos dos frutos continuavam lá até serem finalmente devorados por pipiras e outros passarinhos visitantes habituais do lugar. E os garotos continuavam  em seu passatempo digital diário. 

                Quantas diferenças de mundo! Ah, se fosse no meu tempo de criança!

(*) Artigo escrito por mim em 15 de abril de 2021

segunda-feira, 13 de setembro de 2021

O canto do galinho garnisé

 

                Desperto quase diariamente com um cantar diferente e de certa forma inesperado: O canto de um galinho garnisé.


Começa por volta das quatro e meia da madrugada e não para mais dia afora. Pelo som que me chega sei que é um galo garnisé – já tive vários, tempos atrás, quando era sitiante. É uma raça de galináceo cujo tamanho é bem menor que das galinhas domésticas comuns. São criados mais como decoração ou ornamentação do terreiro do que para qualquer outra finalidade econômica. Pela intensidade do som que escuto sei que está bem próximo. Certamente de um vizinho ao prédio onde moro, mas até agora não vi onde o mesmo está. As casas ao redor, pouquíssimas delas têm quintal. Umas com micros quintais sem chão com terra e plantas, outras, na verdade, são áreas destinadas à lavanderia, churrascaria, depósito, etc. Já dei várias olhadas mais acuradas em diferentes períodos do dia, mas em vão. Escuto o som, porém, o seu autor, não. É um canto melancólico, extremamente melancólico e triste. Cocorocó!!! Completo. Tem início, meio e fim, mas repito: extremamente melancólico e triste.

Ele continua a cantar durante a manhã toda e até a tarde! – Será que está chamando uma companheira para o acasalamento? – conjecturo eu. – Ou será que está triste por estar preso em uma gaiola? – Continuo a especular… – Que mensagem ele está transmitindo? Pesquisei no Prof. Google a existência de algum aplicativo que convertesse os sons do galinho em palavras, frases e textos humanos. Achei um aplicativo para cães, isso mesmo: tradutor para cachorro! Quero saber o dia em que a Humanidade traduzirá o horror da fome, da tragédia das guerras e dos males que assolam ainda hoje, uma grande porção dos seres humanos!

                Digo que é inesperado porque moro em meio urbano e como disse acima, tem pouquíssimos quintais nas casas ao redor. Escuto eventualmente, sim, outros cantos. São aves que certamente estão se adaptando ou já se adaptaram ao ambiente urbano onde a luminosidade noturna é muito intensa, ruídos de buzinas e veículos, além dos infernais sons automotivos frequentes na redondeza, especialmente estacionados em postos de combustíveis e praças. Os sabiás-laranjeiras começam a cantar também no clarear do dia. Mas estes cânticos são musicais, harmoniosos e gostosos de se ouvir. Lembram das matas e dos cenários naturais que a cada dia ficam mais distante daqui. As pipiras e sanhaços, idem. Alguns desses fazem ninhos em caixas de ares-condicionados ocupadas ou não no prédio, outros em postes de energia elétrica, ou nos beirais de casas, ou ainda, em alguma eventual árvore de arborização pública ou dos raros quintais, como forma de sobreviverem na selva de pedra. Sem esquecer, é claro, dos que os tem como animais de estimação, os pets em gaiolas.

                Mas de todos os sons que escuto, o do galinho garnisé é o que mais me chama a atenção e me impressiona. Parece que ele está mandando uma mensagem para os humanos:

                “– Cuidem-se! Comuniquem-se! Conversem! Exercitem a tolerância, o trato com seu vizinho! Deem bom dia! Falem um ‘como vai’ sincero, ao cruzar com alguém! Deixem de ser egoístas e individualistas! Visitem seus vizinhos, mesmo que seja de forma virtual nesses tempos pavorosos de pandemia! Usem suas redes sociais para expressar a amor, carinho e solidariedade verdadeiras, autênticas, sem exibicionismo ou falsas filosofias!”

                Assim, traduzo, do fundo de meu coração, sem uso de aplicativos, esse canto que me vale mais do que mil palavras ou bytes. Espero que um dia finalmente eu o localize. Mas se isso não acontecer, já me darei como recompensado em ter “traduzido” o seu canto melancólico e triste. O canto do galinho garnisé!


Para saber mais, clique sobre as palavras sublinhadas em vermelho.


Publicado em 13 de agosto de 2021 em WEBARTIGOS

Divulgação do Livro Amazônia: Do Quase Paraíso Verde ao Provável Deserto Vermelho e Cinza

  Olá! Peço que divulguem em suas redes sociais e de algodão... PARA CONHECER MAIS, ACESSE E LEIA:  Onde está publicado e disponível também ...